Ah, os ciclos…
Vivemos o nascimento da CATHUM neste ano de 2023, em meio a um coletivo que envolve o FOMENTO ao Circo da Cidade de São Paulo, nossa turma do Núcleo de Autonomia Criativa, cada circense que se inscreveu e o público interessado que entrou na plataforma, reverberando uma massa criativa imaterial que instaura em nós uma sensação de que redes criativas humanas são de fato um meio de suporte, transporte e movimento de sorte! Hehe…
O dicionário diz que a sorte é uma força invencível a que se atribuem o rumo e os diversos acontecimentos da vida… um destino sortudo!
Pois acredito que os coletivos criados por afinidade, geram uma hereditariedade criativa por identificação e estes afetos são capazes de nos integrar de tal maneira, que movimenta nosso destino em direção à sorte.
Pessoas que colaboram entre si geram sorte e sorte gera amor incondicional. Digo isto porque em meio a alguns coletivos, sempre percebo configurações de pessoas que movimentam condições diversas para que algo se concretize no mundo… isto é o princípio do milagre.
A palavra milagre tem origem no latim mirare, que deu origem à palavra mirar… observar. Mirare significa digno de admiração, estranho, maravilhoso. O Milagre é entendido como um “feito extraordinário que vai contra as leis da natureza”. Pra mim na verdade, o que vai contra a natureza é a lógica humana que não enxerga pequenos milagres diariamente, como por exemplo, as células imaginais que transformam lagartas em borboletas, ou os nascimentos humanos que contam primordialmente com o instinto e a intuição entre filhotes e suas mães!
O ato criativo é um milagre que vai totalmente a favor dos movimentos da natureza. Quando nos dedicamos intimamente a ativar, com consciência, nossa potência criativa em meio a um coletivo realizador…milagres de diversas proporções começam a acontecer sincronicamente. É uma sinergia de atenções, intenções e ações que geram saúde física e mental! É uma realidade tão simples que até hoje ninguém conseguiu vender de modo algum! Porque escorre pelas mãos quando tentamos racionalizar demais e nos apossar de uma prática tão simples e essencial: estar presente e entrar em relação criativa com as pessoas.
Este ciclo de 2023 que está finalizando, teve um campo criativo sustentado por todos nós. Gerou obras artísticas, que em suas diversas camadas de expressão, revelam a profundidade de conexão que movimentamos entre nós e o nível de entrega amorosa de cada um. Tivemos a clareza de que o exercício de direção compartilhada é revolucionário em sua simplicidade primordial: a escuta e a entrega! A prática do improviso como princípio criativo é revolucionária em sua potência conectora, nos integrando instantaneamente no imediato, gerando em nós a percepção da nossa real dimensão humana MARVEL.
Vamos finalizar este ciclo abrindo uma nova perspectiva interna, onde a prática artística nos integra e atualiza constantemente, via nossas potências criativas e assim podemos viver o movimento de sermos meio em meio a…
Gracias CATHUM…aqui a gente “é nóis”!