Meu pai era físico e um dia ele recebeu um desafio no trabalho: Desenvolver sem um projeto prévio um levitador magnético, um objeto na qual uma esfera fica suspensa sem suporte, apenas por meio da força magnética exercida por um eletroímã. E se ele não conseguisse realizar, ele perderia o emprego.
A família foi a loucura, mas deu tudo certo! Meu pai confiou nas tecnologias humanas internas dele e conseguiu realizar, no entanto ele fez questão de escrever um projeto extremamente detalhado para que qualquer pessoa conseguisse realizar futuramente. Meu pai desenvolveu muitos projetos tecnológicos durante a sua vida e eu que por muito tempo achei que não levava jeito para isso, hoje, em relação com a Lu Lopes que sempre fala que a gente só coloca coisas no mundo porque elas já estão circulando dentro de nós, me sinto muito tecnológica.
As nossas tecnologias humanas nos permitem criar objetos, brincadeiras, livros, espetáculos, filmes, profissões e o que mais a gente quiser. Descobrir as nossas tecnologias humanas é escrever o próprio manual, é nos atualizar como e quando quisermos, é criar botões de acesso e de alerta.
Eu descobri que a maior inovação da minha própria tecnologia humana tem sido observar e com essa minha habilidade sigo aperfeiçoando meu olhar para criar.