Depois de tantas oficinas vividas com a Lu e os núcleos de Autonomia criativa, vi muitas obras literárias, musicais, plásticas, circenses, teatrais e por aí vai…sendo despertadas. Muitas foram as vezes que pensei, “Nossa, quero muito ver essa obra se concretizar”, mas por motivos diversos algumas se concretizaram, outras não…
Já vi nascer diversas obras que estão bombando por aí e outras simplesmente não engajaram…e ficam orbitando em volta de seus criadores. Temos percebido que ver a obra no mundo depende de muitos fatores que não são falados, ou considerados importantes Para nós, eles também fazem parte da obra e podem compor o varal de downloads, que é a nossa ferramenta de contorno criativo.
Quando temos clareza sobre o que é a nossa obra, para quem ela é, o porquê e como temos vontade de realizar, nos faz visualizar de maneira prática mapas de acesso e oportunidades de espaços, relações com produtores culturais e financiamentos para a nossa obra.
Nos meus trabalhos com circo para pessoas idosas me vejo no constante movimento de observar, reconhecer e praticar. Observo e entendo o meu projeto, reconheço lugares e parceiros, converso com a minha rede de suporte e pratico o contato e a troca, e, nesse constante movimento, esse projeto vem ganhando novos reconhecimentos, dimensões de clareza, movimentos expansivos e de ajustes e aos poucos vem ganhando espaço, magnitude e reconhecimento, uma consequência desse movimento integrado.